Eventos Realizados

Workshop «Como vender mais janelas em 2016?»

ENQUADRAMENTO

Considerando importante focar a formação na área comercial para que as empresas de janelas e fachadas possam vender mais nos próximos anos, a ANFAJE, em parceria com a Ideias & Desafios, realizou o workshop «Como vender mais janelas em 2016?», no passado dia 19 de Novembro de 2015, no âmbito da Feira Concreta 2015, na Exponor, em Leça da Palmeira.

José de Almeida, da Ideias & Desafios, apresentou uma nova abordagem sobre a temática das vendas para que os comerciais das empresas possam aumentar as vendas de janelas eficientes, em 2016, adaptando o seu modelo de vendas e as suas estratégias de vendas à realidade actual.

Em conjunto com os cerca de cem participantes decorreu uma palestra prática e intensiva, a qual foi extremamente útil para que as equipas de vendas possam mais facilmente atingir os objectivos de vendas.

OBJECTIVOS

  • Transmitir metodologias, técnicas e ferramentas de venda;
  • Adquirir uma nova atitude, motivação e energia renovadas;
  • Parar para pensar na forma como está a conduzir o processo comercial e ajustá-lo à realidade actual;
  • Integrar novas ferramentas e estratégias comerciais para vender mais em tempos de crise.

PROGRAMA

14h30 – Sessão de Abertura: João Ferreira Gomes, Presidente da ANFAJE
15h00 – Como vender mais janelas em 2016?, José de Almeida, Ideias & Desafios
16h30 – Apresentação da Feira VETECO 2016, Raúl Calleja, Director da IFEMA
17h00 – Novos projectos em desenvolvimento, Pablo Martín, Director da ASEFAVE
17h30 – Sessão de Encerramento

DESTINATÁRIOS

  • Comerciais do Sector das Janelas e Fachadas

PREÇO

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DATA

19 de Novembro, 2015

LOCAL

Feira Concreta 2015 – EXPONOR – Leça da Palmeira

INSCRIÇÃO

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Sessões de Esclarecimento sobre os apoios financeiros à troca de janelas

ENQUADRAMENTO

O Fundo de Eficiência Energética (FEE) abriu as candidaturas ao Aviso 03 – Edifício Eficiente 2012 que prevê apoios financeiros para a substituição de janelas antigas por janelas eficientes.

Neste contexto, a ANFAJE e a ADENE organizaram várias Sessões de Esclarecimento sobre o referido aviso e sobre o novo Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos (SEEP), o qual tem como primeiro produto as janelas e permite a escolha de produtos eficientes de acordo com o seu desempenho energético.

«Conheça as oportunidades de financiamento em medidas de eficiência energética e o novo Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos» foi o mote das cinco sessões que decorreram nos dias: 7 de Dezembro de 2012, em Faro; 10 de Dezembro de 2012, em Coimbra; 11 de Dezembro de 2012, em Vila Nova de Gaia; 17 de Dezembro de 2012, na Costa da Caparica; e no dia 3 de Janeiro de 2013, na Guarda.

OBJECTIVOS

Estas sessões tiveram por objectivo apresentar os apoios existentes para o financiamento de aquisição e instalação de janelas eficientes e apresentar o SEEP aplicado ao produto janelas e a forma como as empresas do sector podem aderir a este sistema voluntário de etiquetagem.

PROGRAMA

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DESTINATÁRIOS

  • Profissionais do Sector das Janelas

PREÇO

Gratuito

DATA

3 de Julho, 2014

LOCAL

Auditório da Direcção Regional de Economia do Norte (DREN) – Porto

INSCRIÇÃO

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ANFAJE realiza Seminário sobre a Marcação CE

ENQUADRAMENTO

No dia 1 Julho de 2013, entrou em vigor a Marcação CE de acordo com o Regulamento (UE) n.º 305/2011, mais conhecido como «Regulamento dos Produtos de Construção» (RPC), introduzindo alterações no processo em vigor. A execução do RPC, em Portugal, foi assegurada pela publicação do Decreto-Lei n.º130/2013.

Neste contexto, e replicando o seminário realizado com sucesso no dia 19 de Fevereiro de 2014, em Lisboa, a ANFAJE, em conjunto com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), organizou o seminário técnico «Marcação CE de portas e janelas no contexto do Regulamento dos Produtos de Construção», no dia 3 de Julho de 2014, no Auditório da Direção Regional de Economia do Norte (DREN), no Porto, o qual contou com a presença de cerca de 60 participantes.

O seminário contou com a presença e apresentações de técnicos da Direção Geral das Actividades Económicas (DGAE), da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

OBJECTIVOS

O seminário teve como objectivo transmitir as principais alterações nos procedimentos a adoptar pelos fabricantes de janelas para realizarem a Marcação CE de acordo com as exigências legais em vigor.

PROGRAMA

14h00 – Sessão de Abertura
14h15 – Implementação do RPC em Portugal, DGAE
14h45 – Ensaios ou cálculos de tipo e controlo de produção em fábrica, LNEC
16h00 – Procedimentos para a declaração de desempenho e a Marcação CE, LNEC
16h30 – Fiscalização do mercado, ASAE
17h00 – Desafios para o sector das janelas e das fachadas, ANFAJE
17h30 – Etiquetagem energética de janelas, ADENE
17h45 – Debate
18h00 – Sessão de Encerramento

DESTINATÁRIOS

  • Profissionais do Sector das Janelas e Fachadas

PREÇO

Gratuito

DATA

3 de Julho, 2014

LOCAL

Auditório da Direcção Regional de Economia do Norte (DREN) – Porto

INSCRIÇÃO

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1º Encontro Nacional da Construção e do Imobiliário

ENQUADRAMENTO

Num momento em que, por dia, se perdem 23 empresas e são eliminados 426 empregos, a CPCI considerou imprescindível um efectivo compromisso com o futuro do tecido empresarial do sector, o que, dada a gravidade da situação à data – com empresas sem perspectivas quanto à sua actividade futura e com o desemprego a atingir máximos históricos – exige um verdadeiro Programa de Emergência, que de forma integrada, permita não só salvar o sector, mas, de igual modo, evitar consequências insustentáveis e incontroláveis para o País.

Foi neste contexto, que a CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, à qual a ANFAJE pertence, realizou o 1º Encontro Nacional da Construção e do Imobiliário, no dia 5 de Junho de 2012, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, o qual contou com a presença de milhares de empresários de todo o País.

Denunciando a inacção do poder político, que nada tem feito para evitar a falência das empresas, numa reacção sem precedentes, toda a fileira exigiu soluções imediatas que evitem o colapso iminente do sector.

OBJECTIVOS

Promover o crescimento do Sector da Construção e do Imobiliário e defender o sector.

PROGRAMA

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DESTINATÁRIOS

  • Profissionais do Sector da Construção e do Imobiliário
  • Associações da CPCI
  • Parceiros da CPCI

PREÇO

Gratuito

DATA

5 de Junho, 2012

LOCAL

Sala Tejo do Pavilhão Atlântico – Lisboa

INSCRIÇÃO

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1º Encontro Nacional da Construção e do Imobiliário
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Curso Instaladores de Janelas Eficientes CLASSE+

ENQUADRAMENTO

A Academia ADENE, com o apoio da ANFAJE, organizou mais uma sessão do Curso para Instaladores de Janelas Eficientes CLASSE+, nos passados dias 3 (parte teórica) e 6 de Fevereiro (parte prática), em Lisboa.

A edição do curso realizou-se em formato híbrido e foi repartida em duas vertentes, uma vertente teórica online (via Microsoft Teams) e uma vertente prática presencial (2h). A componente prática decorreu em Lisboa, nas instalações do LNEC.

A ANFAJE participa, desde a 1ª sessão do curso, como entidade formadora da parte prática que diz respeito à instalação da janela em obra, calçamento, afinação de ferragem e selagem, em conformidade com os requisitos.

No final do curso, e após aprovação na avaliação efetuada, os participantes obterão o reconhecimento de “Instalador Janelas Eficientes CLASSE+” passando a integrar a bolsa de instaladores de Janelas Eficientes CLASSE+.

OBJECTIVOS

Contribuir para a qualidade das obras de instalação de janelas, assegurando que as soluções instaladas proporcionam aos consumidores os benefícios esperados em termos de redução de custos com energia e de melhoria das condições de conforto térmico e acústico.

PROGRAMA

  • As janelas: constituição e caracterização técnica (Teórica)
  • Princípios sobre térmica, ventilação e acústica (Teórico-prática)
  • Principais tecnologias, materiais e soluções usadas nos elementos construtivos das janelas (Teórica)
  • Dispositivos de sombreamento e de ventilação em vãos envidraçados (Teórica)
  • Especificação do perfil de requisitos das janelas (Teórico-prática)
  • Caracterização técnica de janelas e dos seus principais elementos construtivos (Teórico-prática)
  • Marcação CE (Teórico-prática)
  • Etiquetagem energética de janelas (Teórica)
  • Noções e especificidades do fabrico de janelas (Teórico-prática)
  • Planeamento e preparação de obra, equipamentos e ferramentas (Teórico-prática)
  • Instalação da Janela em Obra, caixilho, vidro, calçamento, afinação de ferragem e selagem, em conformidade com os requisitos (Prática)
  • Verificação da conformidade e controlo da qualidade. Segurança, ambiente e limpeza do espaço de obra (Teórico-prática)

DESTINATÁRIOS

  • Instaladores de janelas
  • Fabricantes de janelas
  • Orçamentistas
  • Empreiteiros
  • Responsáveis de obra

PREÇO

150€ + IVA

DATA

  • 3 e 6 de Fevereiro, 2023

LOCAL

LNEC – Lisboa

INSCRIÇÃO

Encerradas.

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CEES 2023 – International Conference on Construction, Energy, Environment and Sustainability

ENQUADRAMENTO

A conferência internacional CEES 2023 (International Conference on Construction, Energy, Environment and Sustainability) realizou-se no Funchal, de 27 a 30 de junho de 2023.

Esta foi um fórum ideal para se divulgarem e discutirem os mais recentes avanços e soluções no sentido de se alcançar um ambiente construído e uma construção mais sustentáveis.

Na sua segunda edição, a conferência CEES 2023 foi organizada pelo Itecons / Universidade de Coimbra, em colaboração com o centro CONST-NRC (Canadá).

A ANFAJE foi parceira institucional do evento, apoiando a iniciativa.

Mais informação em www.cees2023.uc.pt

Call for Abstrats – clique aqui

OBJECTIVOS

A conferência tem como objetivo reunir investigadores, engenheiros, projetistas, agentes da indústria e dos meios de decisão de diversas áreas, para abordarem, entre outros temas, os desafios relacionados com o desenvolvimento de materiais e tecnologias de construção inovadores, com o estudo da física das construções e do desempenho energético, com a avaliação dos impactos ambientais da atividade da construção e dos edifícios, bem como os novos princípios da indústria 4.0, sem se negligenciar ainda o aspeto social da construção e habitação.

CUSTO

HORÁRIO

LOCAL

Hotel VIDAMAR RESORTS MADEIRA, Funchal (Madeira – Portugal)

INSCRIÇÕES

Encerradas.

CEES 2023 – International Conference on Construction, Energy, Environment and Sustainability
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VII Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas

VII ENCONTRO NACIONAL DO SECTOR - ANFAJE

Organizado pela ANFAJE, o maior evento nacional do setor reuniu cerca de 150 participantes que puderam testemunhar a partilha de conhecimentos, projetos e ideias sobre o estado atual do setor, tendo em conta o novo Programa Nacional de Habitação (PNH), o parque edificado português e o seu futuro. Mas foi a sustentabilidade que dominou o debate nas duas mesas redondas da manhã, num dia que terminou com a assinatura de dois protocolos de colaboração com dois novos parceiros: Interempresas e APEGAC.

O Hotel Vip Executive Art’s, em Lisboa, recebeu a 4 de maio o VII Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas, que este ano teve como mote o tema ‘Mais Habitação, Mais Conforto e Eficiência Energética’. No seu discurso de abertura, João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE, recordou que “continuamos o ano de 2023 sem ter informação de quando sairá o reforço ambicioso do Programa Edifícios Mais Sustentáveis, o qual conta com uma dotação total de 120 Milhões de euros no documento atualizado das medidas do PRR e que urge ver a luz do dia”. No entanto, apesar de todas as incertezas que se vivem no setor e que “temos de continuar a enfrentar”, lembrou João Ferreira Gomes, “é necessário continuar a construir o futuro das nossas empresas e do nosso setor”, que continuará a fazer-se “através do reforço da capacidade das nossas empresas em várias áreas: o reforço da capacidade de inovação nos produtos e nos processos, tendo em conta as novas exigências relativas à sustentabilidade; o reforço da qualificação e requalificação dos trabalhadores das várias áreas das empresas; a retenção e a atração de novos talentos para o setor; o necessário reforço da capacidade de liderança das empresas. Só assim será possível continuar a assegurar a existência de um setor forte e sólido”.

Logo na primeira mesa redonda do dia, dedicada ao “Futuro da construção e eficiência energética na próxima década”, Nelson Lage – Presidente do Conselho de Administração da ADENE – Agência para a Energia, começou por referir que “vivemos tempos desafiantes, não só nos sectores, mas nas instituições. O setor da construção mostrou-se muito resiliente e foi responsável por grande parte das melhorias que se conseguiram nestes últimos anos”, lembrou. Para Nelson Lage, “houve uma evolução muito positiva no que é a abordagem e a importância que se dá à eficiência energética, à eficiência hídrica – que se começou a falar novamente -, às temáticas da economia circular e da sustentabilidade na construção. Nunca como hoje se falou tanto nestes temas e, por isso, o exercício passa por olhar para o que temos, ver como podemos tirar partido do que temos e como melhorar. O caminho tem de ser por aí”.

Eficiência energética

Para João Joanaz de Melo, da FCT-Nova, cuja área de especialidade é o ambiente, a questão crítica das políticas climáticas é “a eficiência energética em todos os setores. Quando falamos de um PRR de 120 milhões de euros para a requalificação das casas, fizemos as contas e para colocar a generalidade do parque habitacional, pelo menos cumprindo os mínimos de conforto (idealmente com classe B menos), é preciso gastar metade desse valor e a prioridade são as coberturas, as janelas e, em alguns casos, pode apostar-se no isolamento de paredes no exterior, mas temos de ter prioridades claras e as ferramentas apropriadas.” No que diz respeito à energia solar, “se no parque edificado produzirmos energia em cima dos edifícios, é possível produzir duas a três vezes a energia que consome. Nas cidades, a energia para a habitação e serviços pode ser totalmente produzida em cima dos telhados e uma das prioridades políticas que tem de ser repensada – e que tenho criticado há vários anos – é atribuir prioridade à criação das grandes centrais solares, em muitos casos cortando árvores, o que não faz sentido. Não só porque é antiecológico, mas porque temos de começar a regenerar os ecossistemas e a capturar carbono no território e não deitar árvores abaixo”, lembrou João Joanaz de Melo. “O investimento nessas centrais é mais barato, mas no edificado tem outras vantagens: não só é muito mais resiliente (passamos a ter um parque produtor mais distribuído), como necessita de menos investimento na rede de transporte pois a produção está perto do consumo, e todos nós (famílias e empresas) passamos a ser coproprietários e cointeressados na produção de energia, o que é melhor do que ter um oligopólio de meia dúzia de empresas energéticas, que é quem tem dominado a política energética nas ultimas décadas em Portugal, na União Europeia e no resto do mundo”.

“Temos de consumir menos e melhor”

Ainda na sua intervenção, João Joanaz de Melo afirmou que “é errado ter a ilusão de que a energia vai ser mais barata: não vai. No futuro próximo, a energia vai ser mais cara e temos de reduzir a fatura pela eficiência energética, ou seja, temos de consumir menos e melhor. E temos de nos habituar a ser mais felizes com menos: neste momento estamos numa sala de conferencias sem janelas e com luzes acesas, o que é um erro de conceção. Há uma mudança de mentalidade que tem de ser levada a sério”.
Mantendo as atenções centradas no futuro, a segunda mesa redonda abordou ‘O futuro do sector das janelas na próxima década’. Para João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE, a sustentabilidade “não se resume apenas ao aspeto ambiental, mas inclui preocupações sociais e económicas. É importante considerar a qualidade de vida dos ocupantes dos edifícios para os quais instalamos janelas e a criação de empregos locais”.

Tendo em conta a necessidade de construir mais e melhor, João Viegas, do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, lembrou que “temos de pensar no edifício globalmente, seja a nível de construção nova ou reabilitação, em todos os requisitos que são aplicáveis ao edifício. Sabemos que uma exposição a sul das janelas é particularmente favorável porque temos ganhos térmicos quando o sol está mais baixo (inverno) e se tivermos pala ou sombreamentos adequados podemos evitar esses ganhos térmicos pela insolação direta nos períodos quentes”.

Desafio da transição verde

Já Victor Ferreira, do Cluster Habitat Sustentável, defendeu que “temos de olhar para a sustentabilidade como um valor relativo, que vai mudando com o tempo”, e que há três pilares na sustentabilidade que estão ao mesmo nível: “económico, social e ambiental. É preciso que as soluções, para serem sustentáveis, também sejam competitivas”. Na sua opinião, o que irá marcar a próxima década de 20-30, e até 2050, vai ser “a transição verde, o Green Deal, que vem por via das diretivas e pela sustentabilidade se ter tornado um valor de mercado. Há uma crescente apetência da opinião publica sensível à questão da sustentabilidade”. Para Victor Ferreira, os cadernos de encargos têm de começar a exigir critérios relacionados com a sustentabilidade. “As compras publicas de inovação e compras públicas sustentáveis podem ser o grande motor de transformação para uma maior sustentabilidade, ou seja, os cadernos de encargos assumirem o que pode ser a exigência de uma construção neutra em carbono”.

Produtos santos e pecadores

Este pode vir a ser um aspeto marcante na próxima década. “As empresas têm de perceber qual a pegada carbónica do seu produto e que podem combinar materiais diferentes (porque temos produtos santos e pecadores, ou seja, uns que sequestram carbono e outros que emitem carbono quando são produzidos). Cabe ao arquiteto combinar soluções de forma a obter um balanço zero no final. Esta vai ser uma questão determinante”, defende Victor Ferreira. É neste sentido que o Cluster Habitat Sustentável está a trabalhar junto das empresas, “no sentido de levá-las organizarem-se com a sua cadeira de valor para, junto de quem projeta e de quem tem construções, combinarem soluções de materiais e produtos diferentes para que o objeto final tenha um balanço carbónico perto de zero, seja uma reabilitação ou construção nova. Estes vão ser os grandes desafios em termos de sustentabilidade”.
Para Rui Oliveira, da Saint-Gobain Portugal, “é necessário mais construção nova, que está dividida entre a gama alta (empresas bem estruturadas, cuja sustentabilidade nos processos e soluções está bem incorporada) e a gama média, que é o que o país precisa com mais urgência. A problemática é que, ao concorrer com empresas devidamente estruturadas, há empresas cuja sustentabilidade não é assumida como prioridade, o que leva a uma concorrência desleal e à entrada de produtos sem certificação”. Na parte na renovação, “o problema é mais grave porque faz-se com empresas de dimensão mais pequena, que tendem a oferecer soluções em que o mindset da sustentabilidade não está presente. Para mitigar o problema é preciso investir em legislação, regulamentação, fiscalização e com isso poder oferecer ao consumidor uma solução sustentável”, defendeu.

Para João Viegas, é fundamental juntar numa mesma mesa “investigadores, produtores e utilizadores, ou seja, todas as partes interessadas, e procurar definir as especificações que são relevantes nos produtos. O caminho é procurar normalizar. Formar comissões de normalização para todos falarem numa mesma linguagem. Quando se compra um automóvel temos um manual de instruções, mas ao comprar uma habitação não há um manual e este também é necessário. É um ponto do problema que não podemos escamotear. Boa parte dos consumos energéticos podem ser reduzidos com o uso adequado da unidade habitacional ou o escritório.”

Sessão 3 – O futuro do Vidro

Após as mesas-redondas, Rui Oliveira, da Saint-Gobain Glass, empresa patrocinadora do evento e associada da ANFAJE, tomou a palavra para apresentar as funcionalidades do vidro e as suas tendências nos próximos anos.

Demonstrações práticas e 1°Congresso ASEFAVE

No VII Encontro da ANFAJE, uma das novidades esteve relacionada com duas demonstrações práticas sobre como instalar uma janela eficiente, a cargo da Soudal, que decorreram no final da manhã e durante a pausa para o almoço.

Seguiu-se a apresentação do I Congresso Internacional da Janela, Fachada e Proteção Solar, a cargo de Sónia Ramalho, diretora da revista Novoperfil, que em representação da ASEFAVE (Associação Espanhola de Fabricantes de Fachadas Ligeiras e Janelas) deu a conhecer o evento que irá decorrer em Madrid nos próximos dias 23 e 24 de novembro e que se assume como o grande fórum de debate, promoção e desenvolvimento do setor dos recintos em Espanha: janelas, fachadas leves, fachadas ventiladas, sistemas de proteção solar e seus componentes.

Na intervenção seguinte, Verena Oberrauch, em representação da EuroWindoor (Confederação Europeia de Janelas e Fachadas) abordou os desafios do setor nos próximos anos, na Europa.

Ainda em termos de novidades, Carolina Costa, da ADENE, relevou várias novidades da iniciativa Classe+, como a automatização do diploma do aderente e o melhoramento da plataforma, com novas funcionalidades, além da apresentação da 2ª edição dos Prémios Novoperfil Janelas Eficientes, cujas candidaturas irão arrancar no início de 2024.

A finalizar, Ricardo Carvalho, da empresa proGrow, foi o orador do workshop “Industria 4.0”, apresentando a plataforma IIoT que potencia a produção a maximizar a eficiência operacional da fábrica de uma forma completamente digital.

A sessão de encerramento do VII Encontro ficou marcada pela assinatura de dois Protocolos de Colaboração: um entre a ANFAJE e a APEGAC – Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios, e outro com a Interempresas, editora espanhola de revistas como a Novoperfil e O Instalador. Este último protocolo está relacionado com a publicação de um ‘Manual Técnico das Janelas Eficientes’ entre a ANFAJE e a Interempresas, a publicar em 2024.

Reportagem do VII Encontro publicada na edição n.º 13 da revista Novoperfil.

PROGRAMA

Programa do VII Encontro Nacional do Sector disponível aqui.

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VII Encontro Nacional do Sector das Janelas e Fachadas
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